Workshop define diretrizes para o avanço do Projeto do Hospital de Cabo Verde
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Workshop define diretrizes para o avanço do Projeto do Hospital de Cabo Verde
31 janeiro, 2025Nos dias 30 e 31 de janeiro, foi realizado um workshop estratégico no âmbito do Projeto do Hospital de Cabo Verde (HCV), reunindo especialistas internacionais, representantes do governo e parceiros estratégicos para discutir aspetos clínicos, modelos de entrega e financiamento da iniciativa.
As discussões abordaram a viabilidade clínica e o impacto das alternativas propostas para o sistema de saúde em Cabo Verde, incluindo estratégias para o crescimento dos serviços hospitalares e a integração com o Hospital Universitário Agostinho Neto. Também foram analisadas possíveis fontes de financiamento e modelos de construção e operação do novo hospital, com foco na manutenção e prestação de serviços.
O encontro permitiu definir a melhor abordagem para a fase 1 do projeto, assegurando a sua viabilidade e sustentabilidade financeira. As discussões centraram-se na ideia de uma abordagem modular para a implementação do projeto, em linha com as particularidades do mesmo, designadamente os custos associados e os prazos de implementação. Nesta ótica, foi discutida e consensualizada a implementação do projeto por módulos, correspondendo cada módulo a uma área específica de diagnóstico e tratamento.
Além disso, foi elaborado um plano de ação para os próximos passos, incluindo novas consultas ao mercado e a estruturação das etapas de procurement.
O workshop reuniu representantes do Ministério das Finanças, financiadores, especialistas em infraestrutura e a equipa da Parceria Publico-Privada Taskforce, liderado pelo Coordenador da UGPE, Nuno Gomes.
No final do encontro, o Assessor do Vice-Primeiro Ministro, João Santos, em representação da Taskforce, fez um balanço do workshop, sublinhando que evento foi um marco na definição das diretrizes para a implementação do hospital, consolidando opções viáveis para a sua estruturação e operação.
O assessor também ressaltou que a missão realizada durante o workshop teve como foco discutir essa abordagem modular com os principais parceiros do setor e financiadores. De acordo com ele, os resultados foram positivos, com o Ministério da Saúde e o INPS validando a estratégia modular como essencial para atingir os objetivos do governo. Acrescentou ainda que as seguradoras, potenciais parceiras no financiamento e gestão do hospital, indicaram um forte interesse na inclusão de ortopedia e traumatologia, que representam cerca de 15% das evacuações médicas e constituem uma prioridade para o setor segurador.
Segundo João Santos, a solução encontrada foi a adoção de um modelo de construção modular, que permitirá uma implementação faseada do hospital. Para além disso explicou que, numa primeira fase, a arrancar ainda no decorrer do corrente ano, a prioridade será avançar com dois módulos que hoje representam uma parte considerável das evacuações médicas: oncologia (30%) e cardiologia (20%). O objetivo, conforme reforçado pelo assessor, é garantir que essas especialidades comecem a funcionar o mais rapidamente possível, reduzindo custos com evacuações e fortalecendo a capacidade do sistema nacional de saúde.
Por fim, João Santos afirmou que, diante desse cenário, haverá necessidade de ajustes na estratégia de parceria para acomodar os interesses das seguradoras, garantindo que as suas áreas prioritárias sejam incluídas no projeto de forma progressiva. Concluiu reforçando que, com o alinhamento entre governo, parceiros financeiros e setor privado, o projeto do Hospital de Cabo Verde avançará de forma estruturada e sustentável, assegurando a viabilidade do investimento e o impacto positivo para o país.
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